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recifense por adoção e olindense por devoção.

Por: Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
Recife, cidade lendária da criação imortal de Capiba, e Olinda, Monumento Nacional e Patrimônio Cultural de Humanidade, graças, sobretudo, ao trabalho de Marcos Vinicius Vilaça, assinalam mais uma data histórica neste mês de março, precisamente no dia 12.
O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL/PE pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: Parlamentar representante de Pernambuco, recifense por adoção e olindense por devoção, registro com justo orgulho o transcurso do aniversário da capital do meu Estado e de Olinda, no dia 12 deste mês de março. Neste Congresso Nacional, homenageio o aniversário das cidades irmãs e faço a seguinte evocação.
O poeta Carlos Pena Filho, pernambucano e recifense de origem portuguesa, sintetizou as raízes históricas e a vocação poética do Recife nos seguintes versos: “No ponto onde o mar se extingue/ e as areias se levantam/ cavaram seus alicerces/ na surda sombra da terra/ e levantaram seus muros/ do frio sono das pedras”. E descreveu a herança dos descobridores para os novos tempos: “Hoje serena flutua/ metade roubada ao mar/ metade à imaginação/ pois é do sonho dos homens/ que uma cidade se inventa”.
Recife, cidade lendária da criação imortal de Capiba, e Olinda, Monumento Nacional e Patrimônio Cultural de Humanidade, graças, sobretudo, ao trabalho de Marcos Vinicius Vilaça, assinalam mais uma data histórica neste mês de março, precisamente no dia 12. O Recife expõe seus estandartes para festejar 467 anos de história. Olinda, criação primogênita, completa 469 anos de existência. Cidades geminadas e plantadas à beira mar, nasceram da conquista do fidalgo português Duarte Coelho, ao receber por doação real a Capitania de Pernambuco. Primeiro ergue seu castelo nas colinas de Olinda, ao fazer a saudação que se transformou no topônimo da cidade: “Oh! Linda situação para se construir uma vila”.
Das colinas de Olinda, Duarte Coelho avistou os arrecifes do litoral, situação geográfica estratégica para ancorar suas embarcações. O poeta Bento Teixeira descreveu a geografia como “Um porto tão quieto e tão seguro, que para as curvas das naus serve de muro”. Estavam criados os alicerces da vila portuária “Ribeira do mar dos Arrecifes dos navios” e da vida de Olinda, repouso do donatário e sua família. O donatário também lançou suas raízes na ilha de Itamaracá, Igarassu e Vila dos Santos Cosme e Damião. Os caminhos da história começaram a ser percorridos.
A beleza da vila de Olinda constitui um atrativo histórico para a vinda de ordens religiosas, construção de conventos, mosteiros, igrejas e escolas.
Em 16 de novembro de 1676 a vila de Olinda foi elevada à categoria de cidade. Naqueles idos, a vila do Recife caracterizava-se como sendo uma povoação de mascates, os comerciantes da época, enquanto a nobreza e os barões do açúcar concentravam-se em Olinda. Os comerciantes, origem da burguesia, eram discriminados pela nobreza. Sendo vila, o Recife lutava para ser cidade independente de Olinda. A rivalidade acarretou escaramuças armadas entre as duas povoações.
A emancipação do Recife em 1710 provoca a resistência da aristocracia rural de Olinda, por ser dependente dos negócios dos mascates. Há ataques e contra-ataques. Por fim, o Recife mantém sua autonomia com o apoio da metrópole portuguesa. Em 1827 o Recife conquista o título de capital da Província no lugar de Olinda.
Olinda, a cidade das colinas, faz jus ao pioneirismo pernambucano e em 1827 instala o primeiro curso jurídico do País, no Mosteiro de São Bento. Em 1830 também é instalada a primeira Biblioteca Pública de Pernambuco, no Convento de São Francisco.
O espírito libertário e revolucionário está incrustado na memória do Recife, de Olinda e de Pernambuco. Aqui aconteceram a Revolução de 1817 e a Confederação do Equador, em 1824. O Frei Joaquim do Amor Divino Caneca (Frei Caneca), morto por seus ideais libertários, é reconhecido como um dos mártires da causa da liberdade nacional.
Os historiadores, a exemplo do escritor Flávio Guerra, dão conta de que a palavra “brasileiro”, no seu sentido histórico atual, só foi conhecida após a Insurreição Pernambucana, nos primórdios de 1645. Os pernambucanos também foram pioneiros nas idéias libertárias do movimento republicano, em 1817, e nas lutas nativistas pela expulsão dos holandeses. A campanha abolicionista começou em Pernambuco e irradiou-se para todo o País através das figuras de Joaquim Nabuco e do poeta Castro Alves, que veio da Bahia para estudar na Faculdade de Direito do Recife. Ainda no começo do século XVIII (1710), Bernardo Vieira de Melo lançou os ideários da Independência do Brasil, o que só veio a se concretizar no século 19.
Estes são traços históricos de Pernambuco, Recife e Olinda. O pioneirismo projeta-se no presente e no futuro.
O Recife, hoje chamado de Veneza Brasileira ou Veneza Americana, pelo desenho de suas pontes, e Olinda, Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, formam um admirável pólo cultural, de comércio e de serviços. Os recifenses revelam com justificado orgulho que na capital pernambucana situa-se o terceiro pólo médico-hospitalar do Brasil, centro de excelências na medicina e nas pesquisas científicas.
As artes pernambucanas projetam-se no cenário nacional e também internacional. Escritores, poetas e outros artistas são aclamados além de nossas fronteiras. A diversidade cultural é marca dos pernambucanos, recifenses e olindenses. Festejos tradicionais tipo o Carnaval e o São João traduzem a riqueza do nosso folclore e acervo cultural.
Pernambucanos, recifenses e olindenses congratulam-se ao assinalar esta data venturosa.
Muito obrigado!
Sala das Sessões, em 17 de março de 2004.

Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
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