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OS CAMINHOS DA PAZ

Por: João Carlos Boiczuk Rego
Para se obter a PAZ, é preciso buscar os caminhos que levam à ela.
Os Caminhos da PAZ


João Carlos Boiczuk Rego




Com absoluta certeza, a palavra mais proferida no final do Ano de 2001 foi a palavra PAZ. Em todas as mensagens publicitárias de Natal, nos jornais, nas rádios, nas revistas, nas televisões, Internet, tudo enfim, a PAZ foi o clamor comum de empresários, políticos, artistas, esportistas, autoridades e da sociedade em geral.

Mas se a PAZ é uma coisa que todos tanto almejam, por que é tão difícil alcançá-la ? É porque ela é a conseqüência de diversos fatores: fatores econômicos, sociais, políticos e religiosos. Muitos desses fatores estão ao alcance de todos, de países, de empresas e de profissionais. Porém, para atingi-los, há que se ter uma férrea disposição e, principalmente, ações efetivas, individuais e coletivas.

Para se obter a PAZ, é preciso buscar os caminhos que levam à ela. Sem ter a pretensão de esgotar o assunto, vejamos alguns dos CAMINHOS DA PAZ, no âmbito empresarial:

· DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E JUSTIÇA SOCIAL

O Brasil é um dos países com pior distribuição de renda do mundo. Não tem como se falar em PAZ, quando uns poucos têm tanto e milhões ficam excluídos.

Não basta, na época de Natal, tomar medidas paliativas como arrecadar e distribuir brinquedos e cestas básicas. Muitas vezes, são apenas ações de marketing institucional e não uma verdadeira consciência empresarial de que o sucesso e o progresso de qualquer organização, e dos profissionais que a constituem, deve almejar o bem-estar e melhor qualidade de vida das comunidades onde estão inseridas.

Em nível mundial, após os trágicos atentados de 11 de setembro, as nações ricas passaram a discutir e a repensar esse assunto. A justiça social só será alcançada se houver alimentação, saúde, moradia decente, educação e oportunidades de trabalho para os excluídos das nações menos desenvolvidas.

Já em nosso País, não podemos mais ficar esperando ações governamentais. É necessário que cada empresa e cada profissional assuma a responsabilidade social como causa e não como apenas um mecanismo de auto-promoção, ou para alívio de consciência. É preciso parar de pensar em "nós aqui" e "eles lá"; é preciso parar de fingir que nada está acontecendo.

O exercício da cidadania deve iniciar no lar de cada trabalhador, ampliar-se no ambiente organizacional e traduzir-se em ações efetivas, envolvendo toda a sociedade.

Uma melhor distribuição de renda tem como conseqüência o crescimento da atividade econômica e de vagas no mercado de trabalho. Recente matéria veiculada na Revista Exame abordou o altíssimo desempenho de marcas focalizadas em consumidores de baixa renda. Após o Plano Real, com mais dinheiro para gastar, a população de baixa renda passou a consumir produtos que antes não consumia e, também, aumentou seu consumo em diversos itens. Isto está mudando os paradigmas das ações de marketing e das estratégias de vendas.

Na Expomanagement 2001, em Novembro último, Peter Drucker afirmou: "é justamente no preenchimento das necessidades criadas pela globalização que estarão as principais oportunidades de negócios no Brasil. Mas para alcançar esse objetivo há que se investir em educação." Aliás, há mais de 40 anos, quando o guru esteve pela primeira vez no Brasil, ele já dizia aos governantes brasileiros: "invistam na educação fundamental." Segundo ele, com uma boa educação fundamental e com um fluxo intenso de capitais como existe hoje, o Brasil será capaz de transformar capital em desenvolvimento.

Num mercado de concorrência globalizada e altamente acirrada, o efeito multiplicador gerado por políticas governamentais e empresariais de uma melhor distribuição de renda é, com certeza, um dos caminhos que levam ao desenvolvimento e, conseqüentemente à PAZ tão desejada por todos.

· POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Cresce a cada dia a percepção da necessidade de preservarmos o ambiente em que vivemos. A geração que hoje está nos bancos escolares recebe, desde a mais tenra infância, noções e ensinamentos sobre a importância da preservação ambiental, através de ações simples como a separação do lixo, por exemplo. A Ecologia já faz parte do currículo de inúmeras escolas. À medida que for crescendo, essa geração simplesmente rejeitará produtos de empresas que causam danos à natureza. Isto já está ocorrendo.

A qualidade do produto e dos processos produtivos deixou de ser um diferencial para ser uma obrigação de toda e qualquer empresa que tencione sobreviver no mercado. E sobreviver é o primeiro objetivo de qualquer organização. Porém, para ter um produto de reconhecida qualidade, empresas e profissionais devem estar plenamente conscientizados de que seu processo produtivo não pode agredir o meio-ambiente. O sucesso de uma empresa não advém somente da venda de seus produtos, mas sim da imagem de sua marca junto ao público consumidor.

Empresas "ecologicamente engajadas" desfrutam de uma imagem mais atraente junto ao seu público externo e, também, junto a seu público interno. Para que se desenvolva esse "engajamento ecológico" é necessário informar, treinar e conscientizar os profissionais.

A preservação da natureza, a diminuição dos índices de poluição ambiental, a reciclagem do lixo e dos resíduos industriais são, além de benéficas à sociedade, excelentes possibilidades de geração de receitas e de empregos. O investimento na cultura da eliminação do desperdício é altamente impactante na redução custos e, por conseqüência no resultado das organizações. A empresa Alcoa, por exemplo, já economizou 1 bilhão de dólares reorganizando seu processo produtivo.

A PAZ, tão desejada, também é atingida através do respeito à natureza. Poluição, devastação da flora e da fauna, acidentes ecológicos e empresas predatórias da natureza são motivos de tensões e conflitos. A PAZ só é possível se passarmos a eliminar as causas dessas distorções ambientais. O caminho para tanto é informação, conscientização e, principalmente, educação.

· GERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EMPREGOS

Já dizia o saudoso compositor Gonzaguinha, em sua música Guerreiro Menino: "O homem se humilha, se castram seus sonhos, seu sonho é sua vida e a vida é o TRABALHO; e sem o seu TRABALHO, o homem não tem honra, e sem a sua honra, se morre, se mata. Não dá prá ser feliz...". Não dá para haver PAZ, se não houver oportunidades de trabalho decentes e que oportunizem ao homem dar condições dignas de sobrevivência para si e para seus familiares.

Segundo dados da UNICAMP, o Brasil ocupa a terceira posição mundial em número de desempregados. O desemprego, hoje, é o maior flagelo do mundo. Países que enfrentam crises econômicas, recessão e desemprego, são alvo de seríssimas tensões sociais. Vide a situação da Argentina, por exemplo.

O crescimento vertiginoso da economia informal, decorrente do desemprego, diminui a capacidade do Estado de desenvolver políticas públicas e sociais, o que acaba por retroalimentar as dificuldades. Vide o rombo da Previdência.

Dessa forma, somente com o desenvolvimento, com o aumento da atividade econômica, com investimentos na produção, será possível gerar e manter empregos. Paralelamente, é imprescindível haver políticas governamentais e empresariais de educação formal e profissional. Segundo Lester Thurow, um dos maiores especialistas em economia internacional: "O maior problema do Brasil é ter grande parcela de sua população com baixo grau de escolaridade e despreparada para enfrentar a onda de tecnologia, que está definindo a economia mundial."

Há que haver um esforço conjunto de organismos governamentais, associações e entidades empresariais, políticos, empresários, comunicadores, representações sindicais, organizações não governamentais e trabalhadores no sentido de se fazer da educação formal e da atualização profissional prioridades absolutas.

No entanto, os trabalhadores não podem (e não devem) ficar esperando que somente as empresas, o governo, ou os sindicatos façam alguma coisa por sua empregabilidade. É preciso que cada profissional assuma as rédeas de sua carreira e faça o máximo investimento que for possível em seu autodesenvolvimento, através da participação em treinamentos, palestras, atualização informativa e tecnológica, leitura de livros e revistas técnicas e aumento de sua escolaridade. Esse investimento não pode mais ser adiado.

Profissionais melhor preparados rendem mais, produzem mais, ganham mais, gastam mais e são mais felizes. A sociedade como um todo é beneficiada.

Uma pessoa só não faz uma coisa por três razões:

1. NÃO PODE - então, dá-se à ela os recursos necessários. Se não há o emprego, não há como ter o que fazer;

2. NÃO SABE - então, dá-se à ela treinamento, ensina-se à ela como fazer. Muitas vezes a assimilação de um treinamento passa pela necessidade do aumento do nível de escolaridade;

3. NÃO QUER - então, pesquisa-se quais os motivos e efetua-se ou a substituição, ou, se for o caso, investimentos em programas motivacionais.

Certamente, um dos principais caminhos para a PAZ é a geração de oportunidades de trabalho. Sem emprego não como se pensar em obter PAZ.

· ÉTICA E MELHORIA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O Novo Milênio trouxe à tona a renovação e o resgate de uma série de conceitos. A necessidade da ética em toda e qualquer relação é um deles.

Ícones da vida pública e política brasileira se viram obrigados a renunciar a seus mandatos eletivos devido ao clamor da sociedade por mais ética e honestidade.

Também nas relações comerciais, a ética assume um caráter cada vez mais importante. Ser honesto - a sociedade e os clientes sabem e afirmam - não é virtude nenhuma e sim obrigação.

A falta de ética e de honestidade pode provocar tensões e conflitos entre pessoas, entidades, empresas e países. Isto prejudica a busca da PAZ.

Prometer e não cumprir, ou prometer aquilo que não é possível cumprir é uma atitude cada vez mais abominada por todo e qualquer cliente. Levando-se em conta que o cliente hoje, em qualquer segmento, ou camada social, é uma pessoa cada vez mais informada e exigente, com uma gama cada vez mais crescente de opções de compra, qualquer deslize pode ser fatal.

O cliente é o ser que tem o poder fantástico de poder demitir a todos numa empresa, desde o presidente, até o mais humilde servidor. Basta fazer apenas uma coisa: não comprar. E, a cada dia que passa, o cliente torna-se mais consciente desse poder.

Através de programas de treinamento e de atualização profissional, empresas e entidades devem obter a consciência de que a sobrevivência e o sucesso de qualquer atividade passa pela qualidade do serviço prestado.

A Professora Nancy F. Koehn, da Harvard Business School, afirma que "relacionamentos são mais duradouros do que produtos." Cada vez mais as pessoas estão querendo experimentar sensações, experiências positivas, mágicas, e não simplesmente adquirir produtos ou serviços. Criar os diferenciais necessários à satisfação do consumidor é obrigação de qualquer empresa. E isto passa por treinar, para poder oferecer um atendimento de qualidade.

Atendimento qualificado, prestação de serviços diferenciada, atendimento personalizado aos consumidores são caminhos para o progresso e para o sucesso. Pessoas que são felizes em sua atividade profissional, que fazem o que gostam, ou que, pelo menos tentam gostar do que fazem, produzem mais e melhor. E, com isso, são mais felizes. Sendo mais felizes, convivem na sociedade com maior harmonia. Harmonia faz parte da PAZ também.

O treinamento em atendimento e vendas produz resultados fantásticos. Vejam o caso da venda adicional, por exemplo. A venda de apenas mais um item, quantos empregos diretos e indiretos está oportunizando ? Pense num produto qualquer e nas inúmeras funções profissionais envolvidas na sua produção, distribuição, comercialização, divulgação, etc.. Pense que esses profissionais envolvidos têm família. E que essas pessoas comem, vestem, estudam, usam transportes, cuidam da saúde, têm lazer, viajam, pagam impostos, etc... Portanto, amigo, em vez de olhar o relógio torcendo para chegar a hora de ir embora, pense que ainda dá tempo de vender mais um item, de fazer mais uma visita, de efetuar mais um contato. Pense no bem que esse simples gesto estará proporcionando. A soma de centenas de milhares de pequenas dessas ações, com certeza, irá colaborar para a PAZ que sonhamos. Portanto, prepare-se para vender mais e melhor e ajude a construir a PAZ.

Estes são apenas alguns dos caminhos, no meio empresarial, que nos levam à PAZ. Existem muitos outros, e muito mais importantes: o amor entre os homens, a fé, a espiritualidade, a crença, a esperança, a fraternidade e vários outros. Na realidade, a PAZ é o somatório disso tudo.

Porém, talvez o primeiro de todos os caminhos é acreditar que cada um de nós pode e deve fazer algo em favor da PAZ. Em vez de ficar a buscar desculpas externas para nossas dificuldades, devemos, isto sim, sair em busca de solução para nossas carências. Fazer aquilo que estiver ao nosso alcance e cada vez mais ampliar este limite.

A PAZ com a qual tanto sonhamos está dentro de nós mesmos, mas somente querendo e agindo conseguiremos construí-la, plena, grandiosa, harmônica, perene. O primeiro passo em nossa longa caminhada rumo à PAZ é passar da retórica para a AÇÃO EFETIVA, do discurso à prática. Quem sabe, em futuros Natais e Passagens de Ano, em vez de suplicar tanto pela PAZ, estaremos a festejar a PAZ maravilhosa que todos ajudamos a construir?

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Que a Paz esteva com vocês, este ano, e no ano que se aproxima 2004.

Mário Olímpio - Serra Talhada -PE.




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