Por: Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA Brasil poderá alcançar 100 bilhões de dólares de vendas externas
O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL/PE pronuncia o seguinte discurso.) – Senhor Presidente, Sras. e Srs. Deputados: O Senhor Presidente da República voltou a anunciar que as exportações poderão atingir 80 bilhões de dólares este ano e alguns analistas da economia nacional chegam a admitir que, em 2006, o Brasil poderá alcançar 100 bilhões de dólares de vendas externas, com o agronegócio contribuindo cerca de 40% desse total. São números alentadores e que mostram a vitalidade econômica do país, em grande parte resultado da contribuição do setor privado. Soja, minérios de ferro, carnes (bovina, suína e de frango), suco de laranja, aviões, sapatos, café, algodão, açúcar e álcool, e também serviços integram uma pauta que se diversifica, a cada ano. No Nordeste, o Ceará, o Maranhão, o Rio Grande do Norte, a Bahia e Pernambuco, destacam-se como principais estados exportadores e, é importante assinalar a entrada de novos produtos na pauta regional do comércio exterior, como peixes e camarões, além de calçados, frutas da região do São Francisco e os tradicionais – açúcar, álcool, cacau, bem como produtos derivados do pólo petroquímico de Camaçari, e automóveis. A Bahia aposta na produção e exportação de papel e celulose, indústria que se desenvolve no sul do estado, com um investimento da empresa Veracel, da ordem de US$ 1,2 bilhão. As quedas das exportações de Pernambuco decorrem, em boa parte, dos baixos valores das cotações de açúcar nos mercados internacionais, mas os empresários estão sempre se engajando em missões promocionais e comerciais para a Europa e os Estados Unidos, ademais do apoio, é justo reconhecer, que o Sebrae-Pernambuco dá ao setor. No mês de abril, as exportações de Pernambuco tiveram uma alta de 22%, aproximadamente, acumulando um saldo de 133 milhões de dólares no quadrimestre, relativamente ao período anterior. Houve uma queda nas exportações de frutas feitas pelos produtores do Vale do São Francisco, em função das inundações do início do ano. Os Estados Unidos seguem como principais compradores dos produtos de Pernambuco, e é promissor registrar que a Rússia começa a ter uma participação mais direta e constante na lista de importadores do estado. Existe, ainda, muito desconhecimento das normas e procedimentos para atingir os mercados externos e muita timidez, também, dos nossos produtores, que muitas vezes se contentam com fatias confortáveis do mercado interno. Refiro-me aos têxteis produzidos no Nordeste – redes, tapetes artesanais, artigos de renda e passamaria – que lá fora têm boa aceitação e há todo um largo mercado a ser explorado. Como todo comércio, a venda externa exige paciência, constância e pesquisa prévia; e um produto de boa qualidade, que atenda às exigências do consumidor. De outra parte, a regularidade nas entregas é fundamental para que a imagem de marca se fixe e consolide nos mercados externos. Para isto, é fundamental que os organismos de promoção comercial do Brasil atuem permanentemente, ligando o produtor/vendedor ao comprador. E é aí onde entra o Itamaraty. Muito obrigado! Sala das Sessões, em 26 de maio de 2004. Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
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