Por: Mário Olímpio SERRA TALHADA A SERRA QUE TALHA, CORAÇÕES;
HISTÓRICO SERRA TALHADA
HISTÓRICO: Na época da colonização do nosso Estado, os colonizadores não dispunham de capital para instalar engenhos açucareiros ou até mesmo para plantar cana. Devido a isso, começaram a dedicar-se à atividade pecuária, especialmente à criação do gado bovino. Desta forma, a pecuária tornou-se uma atividade econômica que complementava a do sistema açucareiro e passou a desenvolver-se em áreas longínquas, forçando assim um processo de interiorização e conseqüentemente, a conquista dos sertões. Nesse processo, o Rio São Francisco e o vale dos seus afluentes foram muito utilizados até às adjacências da Cachoeira de Paulo Afonso. Essa trilha foi seguida pelos colonizadores pernambucanos e baianos. Segundo Capistrano de Abreu, na margem pernambucana, a casa da Torre possuía 250 léguas de testada. Nesta faixa de terra como Sertão de Rodelas, existiram mais de 800 currais, na maioria pertencentes à Casa da Torre. De acordo com a tradição histórica, um desses currais do Potentado Baiano, estava situado no sopé da Serra dos Cariris e outro pertencente a Agostinho Nunes de Magalhães, localizava-se nas proximidades da Serra Talhada. Supõe-se que o "Vínculo do Morgado", documento original pertencente à Casa da Torre da Bahia foi lavrado no ano de 1786 e o primeiro pagamento do arrendamento foi efetuado em 1787. O curral do sopé da Serra dos Cariris, quase na cabeceira do Rio Pajeú, tornou o nome de Pajeú das Flores, que depois foi elevada à categoria de vila, tornando-se politicamente importante devido a sua fixação como cabeça da Comarca do Sertão Pernambucano. O outro, da Serra Talhada, situado no cruzamento das estrelas que vão da Ribeira do Pajeú até as margens do São Francisco e do Estado da Paraíba até o Estado do Ceará, iniciou seu desenvolvimento com a edificação de uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Penha. Segundo o pesquisador Luiz Lorena, a figura ilustre da região, a Capela da Penha foi construída defronte à casa grande da fazenda, nos anos de 1789/90, por Filadelpha Nunes Magalhães, filha do consórcio de Agostinho Nunes de Magalhães com uma nativa Cariri. Para edificação da Capela da Penha foi utilizada a mão-de-obra escrava.
Na Em 1838, pela Lei Provincial n.º 52 de 18 de abril, ascendeu à categoria de freguesia desmembrada de Flores, transformada em distrito daquele município, sendo impulsionado pelo comércio do gado. A Revolução Praieira, em 1848, se estendeu do litoral aos sertões, através do movimento liberal. Uma coluna de filiados do Partido Liberal, comandada pelo Cel. Francisco Barbosa Nogueira da Paz, se opôs a empossar correligionários do Partido Conservador nos cargos de Juiz de Paz e Vereadores do Pajeú das Flores. Com isto, desencadeou-se uma grande luta, iniciada a 18 de novembro e terminada 48 horas depois com a rendição dos liberais. O Cel. Francisco e mais vinte companheiros foram capturados. O povo de Serra Talhada que estava com a legalidade enviou um forte contingente e se saiu privilegiado. Prova disto é que no dia 20 de novembro, o Delegado legalista telegrafou ao Presidente da Província dizendo que por falta de segurança na cabeça da comarca, havia conduzido os presos para a povoação de Serra Talhada. Este fato vinculado a muitos outros de injunção política culminaram logo com o estabelecimento do município de Serra Talhada, sob a denominação de Vila Bela, através da Lei Provincial n.º 280, de 06 de Maio de 1851. Foi nomeado como primeiro intendente, o Coronel Manoel Pereira da Silva; como primeiro Juiz, o Dr. Joaquim Gonçalves Lima; como Promotor Público, o Dr. Marcos Ferreira da Câmara; como Tabelião, o Dr. Manoel do Nascimento Casado Lima e como Juiz da Paz, o Sr. Braz Nunes de Magalhães. No ano de 1893, constituiu-se a autonomia do município e organizou-se a primeira Câmara sob a presidência do Pe. Antônio Gonçalves Lima. O nosso primeiro Prefeito foi o Sr. Andrelino Pereira da Silva, O BARÃO DO PAJEÚ, mas a sede municipal só obteve foros de cidade no dia 1º de Julho de 1909. Em 1911 foi feita a Divisão Administrativa, ficando Vila Bela com três Distritos: o da Sede e mais os do São Francisco e Barro Vermelho, e em 1938 incluiu-se a estes, o de Sítios Novos. Ainda no mesmo ano, fixou-se a divisão territorial que iria vigorar no qüinqüênio 1939/1943, estabelecendo que o município de Vila Bela seria composto dos Distritos de Serra Talhada (sede), Bernardo Vieira, Pajeú e Tauapiranga, substituindo as denominações anteriores. Mas, no ano seguinte, 1939 pelo Decreto Estadual n.º 336 de 15 de Junho, a cidade passou a chamar-se definitivamente SERRA TALHADA.
SERRA TALHADA - TRI-CAMPEÃ DA BELEZA FEMININA; SERRA TALHADA - CAPITAL DO XAXADO; SERRA TALHADA - POLO MEDICO E COMERCIAL; SERRA TALHADA - TERRA DE AGAMENON MAGALHÃES;VIRGULINO FERREIRA E INOCÊNCIO OLIVEIRA; SERRA TALHADA A SERRA QUE TALHA, CORAÇÕES; SERRA TALHADA ,DO PAU PEREIRO E DO MANDACARU, QUE É BANHADA PELO RIO PAJEÚ.
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