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PADRE JESUS GARCIA

Por: Revista Desafio
Eis aqui a nossa homenagem, a quem dedicou toda a sua vida pelo engrandecimento de Serra Talhada e de seu povo, Monsenhor JESUS GARCIA RIAÑO.
Padre Jesus Garcia Riaño



Cerezo, povoado do RIO FIRON- ESPANHA , 18 de dezembro de 1904... Nasce JESUS GARCIA RIAÑO, filho de Francisco Garcia Castilho e Jacinta Riaño e Riaño.
Tendo o jovem Jesus Garcia, despertado interesse pelo sacerdócio, entra para o seminário de Burgus, onde ordenou-se padre em 22 de junho de 1930. No dia 25 de junho do mesmo ano, celebrava a primeira missa na Igreja de São Nicolau em Cerezo, sua terra natal.
Em 5 de junho de 1933 chega ao Brasil, precisamente na cidade do Rio de Janeiro, onde permaneceu por quatro dias, partindo em seguida para Belo Horizonte, onde ficou por dois dias e partiu para a Bahia, onde trabalhou nas cidades de Remanso, Seabra e Barra do Rio Grande.
Após sua permanecia naquele Estado, partiu para Pernambuco, onde trabalhou inicialmente na Diocese de Pesqueira, havendo trabalho naquela cidade e na cidade de Venturosa.
Terminado o seu trabalho à frente daquela Diocese, transferiu-se para a Diocese de Afogados da Ingazeira para trabalhar na cidade de Serra Talhada, onde chegou em 18 de dezembro de 1936 para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da Penha, celebrando a primeira missa em 19 de dezembro do referido ano.
Fora Serra Talhada, o padre JESUS teve a oportunidade de ir trabalhar em Ribeirão Preto-SP, Niterói-RJ, teve a oportunidade de voltar para a Espanha e recusou. A todas essas recusas ele justifica: “Sou apaixonada pela Virgem Maria e pela Igreja, por isso me nego a sair daqui”.
Sobre Serra Talhada ele afirma o seguinte: “Gosto de Serra Talhada, mesmo não gostando da violência praticada por alguns de seus filhos. Aborreço a violência, pois ela é distante de DEUS”.
De todos os lugares onde andou, a cidade que mais gostou foi o Rio de Janeiro, sobre a qual afirmava: “O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, um capricho da natureza, uma cidade única, universal”.
Com relação a preferência ele afirmava: “Tenho preferência apenas por dois sobrinhos: Ana e Cândido”.
Sobre o Brasil ele dizia: Eu me sinto um brasileiro”.
O ser humano, porém, é finito, de duração limitada, e se assim o é, finitas são as suas atividades. E assim aconteceu com o Nosso Padre: Suas condições físicas se esgotaram, sua visão desapareceu, o sistema nervoso fraquejou... Uma série de problemas de saúde lhe apareceu e o homem forte foi obrigado a ceder.
No dia 18 de dezembro de 1990, exatamente após 54 anos de trabalhos sacerdotais à frente da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, o padre JESUS comunica a Dom Francisco – Bispo da Diocese de Afogado da Ingazeira, o seu afastamento da Paróquia, contudo, permaneceu do comando dos trabalhos paroquiais até o dia 10 de março de 1991, data em que assumiu o comando da Paróquia da Penha, o padre Egídio Bisol, padre italiano que trabalhava na cidade de São José do Egito.
Embora tenha deixado de livre e espontânea vontade o comando da Paróquia da Penha, atitude que surpreendeu a todos, este seu gesto abalou ainda mais a sua já precária saúde, levando-o por diversas vezes às mãos dos médicos. Assim, já em avançada idade, teve que enfrentar uma séria cirurgia, causando com isto, dias de apreensão para os seus eternos paroquianos. No entanto, a sua força de vontade foi maior e recuperou-se satisfatoriamente.
Apesar de cego, debilitado, a saúde em frangalhos, continuou a celebrar sus missas matinais, mantendo assim, um permanente contato com o povo quem por tantos anos conviveu.
Dia 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil... Acidade chora a morte do padre JESUS, que às 22:00 h, vítima de problemas cardíacos, diz adeus ao seu povo.
Às 17:00 h, do dia 13 de outubro, é realizado o útimo dos sonhos: Foi sepultado na Matriz de Nossa Senhora da Penha, igreja que ele mesmo com muita luta terminou de construir.
Ao seu sepultamento compareceram, além de um multidão de fies, diversos padres de diversas Paróquias de cidades vizinhas.


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