PÁGINA INICIAL
  Bate-Papo
  Jogos Online
  NOTÍCIAS DE CAPA
  O MUNDO
  BRASIL
  POLÍTICA
  CRESCIMENTO PESSOAL
  MEIO AMBIENTE
  BONS NEGÓCIOS
  CIDADE
  NOSSA GENTE
  CULTURA
  FOTOS DE SERRA TALHADA
  ESTUDANTES NA REDE
  CÂMARA DOS DEPUTADOS
  TRADUTOR DE LÍNGUAS
  LISTA TELEFÔNICA
  FALE CONOSCO
  LOGIN
  WEBMAIL
          SITES ÚTEIS
Genealogia Pernambucana
Site Política para Políticos
Site Gramsci
Jornal do Comércio
Concursos Públicos
Site Jurídico.com
Site Jornal Digital
Site Correio da Cidadania
Site Carta Capital
Site Caros Amigos
Site Futbrasil.com
História de Serra Talhada
Site da IstoÉ
Site Veja Online
Site O Dia
Estatística do site
Casa da Cultura Serra Talhada
Busca de CEP
Trabalhos Escolares
Cultura FM 92.9
Líder FM 93.5
Nova Gospel FM 105.9
Serra FM 87,9
VilaBela FM 94.3
A Voz do Sertão FM
INCLUSÃO DIGITAL

Por: Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
Eu acredito na possibilidade de uma inclusão social a partir de uma inclusão digital
O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL/PE pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: Nestes últimos tempos, o Estado tem passado por grandes transformações, decorrentes, principalmente, do impacto das grandes tendências mundiais, tais como a globalização, o avanço da tecnologia da informação e a maior participação da sociedade nas decisões públicas, que têm contribuído para o surgimento de um novo modelo de organização da ação estatal. Neste novo perfil do Estado, a inclusão digital terá um papel fundamental.
Pergunta-se como se pode pensar em democratizar o acesso à informática, se temos problemas tão graves de exclusão social a enfrentar, onde tudo falta, principalmente comida. Não seria melhor garantir a sobrevivência - alimentação, saúde, educação, emprego - antes de pensar em defender o direito ao uso dos computadores e da Internet?
Eu acredito na possibilidade de uma inclusão social a partir de uma inclusão digital. Em nosso país onde os problemas de saúde são gerados por falta de condições básicas de prevenção e de atenção à saúde, habitação, educação, a alocação de recursos precisa ser mais debatida. Na educação, a Internet permite superar as paredes da sala de aula e encurtar distâncias, com a troca de idéias entre pessoas de outras cidades e países, intercâmbio entre educadores e o compartilhamento de experiências em comum. Todas as formas de exclusão devem ser enfrentadas simultaneamente, de forma sistêmica e complementar, como pertencente a uma grande teia social. E o domínio da tecnologia da informação já é fundamental para a realização de tarefas cotidianas, simples, como a realização de operações bancárias, a consulta a serviços públicos, matrículas escolares, busca por empregos.
Recentemente, a EBAPE/FGV realizou pesquisa sobre e-gov e estatal abordando domicílios e escolas e concluiu que Pernambuco é o estado mais incluído no Nordeste com a maioria de moradores com acesso a computador. O Projeto Euclides da Cunha, por exemplo, de acesso ao ensino superior beneficiará alunos de Petrolina, Salgueiro, Araripina e municípios vizinhos do sertão pernambucano, contando com um diferencial: os alunos terão um Kit com cinco livros para as aulas de multimídia e os professores envolvidos receberão capacitação para trabalhar com material digital.
A experiência do Comitê para Democratização da Informática (CDI) mostra que a sociedade tem muito a ganhar com a inclusão digital e a formação do cidadão-produtor, capaz de ampliar seu espaço de atuação cidadã. Já hoje, o índice de exclusão digital é um indicador relevante da dimensão da desigualdade e do grau da exclusão econômica e social de uma população. Quanto mais incluída digitalmente, maiores as chances de uma comunidade de se tornar protagonista de seu desenvolvimento.
Na pesquisa domiciliar que o IBGE faz regularmente, apenas 8,6% dos domicílios brasileiros têm computador. Apesar de domicílios com acesso aos serviços de telecomunicações está em número maior do que com saneamento básico.
O Brasil já tem densidade de telefonia fixa – 28,7 linhas por 100 habitantes – superior à de países de desenvolvimento similar, como o Chile ( 23,9/100), Argentina (21,6/100) e México (13,5/100).
No final de 2003, o Jornal do Brasil divulgou índice global apurado pela International Telecommunication Union, ligada à Organização das Nações Unidas, onde o Brasil foi classificado como país de bom acesso aos serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, ficando em 65º no ranking da inclusão digital, com o índice de 0,50, que vai de zero a um ponto, graças ao avanço da telefonia celular e o esforço de popularização da Internet. No continente, a liderança ficou com o Canadá, com um índice de 0,78, desempatando nos milésimos com os Estados Unidos, também com 0,78. Entre as nações latino-americanas, a melhor posicionada é o Chile, com índice de 0,58. Logo depois vêm Uruguai e República Dominicana, ambos com 0,54; Argentina, com 0,53; Costa Rica, com 0,52; e México, também com 0,5, vencendo o Brasil no desempate.
No mundo todo, os países com melhor acesso às tecnologias digitais são ou do Norte da Europa ou da Ásia. A liderança no ranking ficou com a Suécia, com índice de 0,85, seguida de Dinamarca (0,83), Islândia (0,82) e Coréia (0,82). Entre as surpresas do levantamento, ficou a Eslovênia, empatada com a França com 0,72 ponto e dentro da faixa dos países de alto acesso.
O Brasil, que desperta admiração internacionalmente pelo sucesso de sua rede de automação bancária, pelo volume de impostos que são pagos pela Internet, pela qualidade do sistema de urnas eleitorais digitais e pela criatividade de seus inúmeros projetos e programas de inclusão digital, é ainda retardatário quando o assunto é acesso, ou seja, inclusão social.
O governo exerce um papel fundamental nesse processo de inclusão digital, criando condições técnicas e políticas que possibilitem o desenvolvimento da sociedade da informação, e tem recursos financeiros para alavancar o projeto de inclusão digital que vem do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). O Fundo é constituído a partir da contribuição de 1% do faturamento das prestadoras de serviços de telecomunicações.
Em dezembro passado, o montante acumulado em 36 meses pelo FUST chegou a R$ 2,62 bilhões. Dinheiro esse que serviria para financiar projetos de acesso à rede mundial em cerca de 260 mil escolas de ensino médio, instituições de ensino fundamental e profissionalizante (públicas ou privadas), ambulatórios, postos de saúde, hospitais, bibliotecas, órgãos de segurança pública, instituições de assistência a deficientes e regiões remotas e de fronteiras. E esse Fundo estratégico está sendo conduzido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Considerando as mudanças na direção da agência reguladora, assim como a troca de comando em ministérios importantes para a questão digital no país, como a Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Social e comunicações, esperamos que a Anatel e o Governo levem adiante os projetos de inclusão social por meios digitais, não permitindo mais que os recursos sirvam apenas para ajudar o governo a cumprir metas de superávit primário e pagar os juros de sua dívida junto ao FMI.
Muito obrigado!
Sala das Sessões, em 27 de abril de 2003.

Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA
© Copyright  Mário Olímpio 2003-2023
INDEXBrasil - Comunicação e Marketing.
Todos os direitos reservados, permitida a cópia de
conteúdos, desde que divulgada a fonte.
e-mail:redacao@serratalhada.net