P?GINA INICIAL
  Bate-Papo
  Jogos Online
  NOT?CIAS DE CAPA
  O MUNDO
  BRASIL
  POL?TICA
  CRESCIMENTO PESSOAL
  MEIO AMBIENTE
  BONS NEG?CIOS
  CIDADE
  NOSSA GENTE
  CULTURA
  FOTOS DE SERRA TALHADA
  ESTUDANTES NA REDE
  C?MARA DOS DEPUTADOS
  TRADUTOR DE L?NGUAS
  LISTA TELEF?NICA
  FALE CONOSCO
  LOGIN
  WEBMAIL
          SITES ?TEIS
Genealogia Pernambucana
Site Pol?tica para Pol?ticos
Site Gramsci
Jornal do Com?rcio
Concursos P?blicos
Site Jur?dico.com
Site Jornal Digital
Site Correio da Cidadania
Site Carta Capital
Site Caros Amigos
Site Futbrasil.com
Hist?ria de Serra Talhada
Site da Isto?
Site Veja Online
Site O Dia
Estatística do site
Casa da Cultura Serra Talhada
Busca de CEP
Trabalhos Escolares
Cultura FM 92.9
L?der FM 93.5
Nova Gospel FM 105.9
Serra FM 87,9
VilaBela FM 94.3
A Voz do Sert?o FM
DIA DO PROFESSOR

Por: Cristovam Buarque *
Um futuro que será bom no dia em que, ao nascer uma criança, seus pais digam com orgulho: quando crescer, será professora, ou professor.
OU Dia do futuro

O futuro de cada país pode ser visto com clareza ao olhar-se para suas escolas no presente. Por muitos anos, achamos que o futuro vinha das fábricas, estradas, hidrelétricas; e fizemos tudo isso. E o futuro, quando chegou ao Brasil, não pareceu tão bom quanto desejávamos; em alguns casos, pode-se dizer que chegou até pior.

Porque esquecemos que a estrada do futuro está na escola. E a escola é, sobretudo, o professor e a professora: os artesãos que constroem o futuro. Por isso, o Dia do Professor deveria ser considerado também o Dia do Futuro.

No século XXI, a escola precisa ter acesso a todos os meios tecnológicos da modernidade, mas é o professor quem continua fazendo a escola de qualidade. Por isso, um país desejoso de futuro precisa cuidar da trindade do magistério: a cabeça, o coração e o bolso do professor.

O futuro do Brasil só será um bom futuro se todos os professores forem bem formados. Mas não basta a boa formação, se ele não for bem motivado e dedicado ao seu ofício e a seus alunos; e não se pode imaginar um professor bem formado e motivado se ele não for, também, bem remunerado; ao mesmo tempo, não se justifica pagar bem o professor que não for bem formado e dedicado. É uma trindade: formação, motivação, remuneração.

Para mudar nossa história, essa trindade deve ser tratada com a seriedade e o respeito devidos. O dia do professor, o dia do futuro, deve ser um dia de comemoração: uma espécie de feriado nacional comemorando antecipadamente as verdadeiras Independência, Abolição e República que ainda não aconteceram. O que a escola brasileira fez até hoje é resultado do esforço de seus professores, que cumprem seus papéis com heroísmo, mas que só poderão construir o futuro de todo o País se realizarmos uma revolução na maneira como o Brasil os trata.

Uma revolução com base em quatro pilares:

Primeiro, implantar um Sistema Nacional de Educação que permita criar a identidade nacional do povo brasileiro, e acabe com o absurdo de a educação brasileira ser um elemento desagregador, que agrava as desigualdades do passado. O Sistema Nacional de Educação será um meio para construir a base que assegure a cada professor, cada escola, e portanto a cada criança, as condições para a boa educação que vai construir o futuro nacional, independente da cidade onde a criança nasce e da vontade do prefeito ou do governador.

Segundo, como previsto no programa que elegeu nosso governo, aprovar o FUNDEB – Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica, que expandirá o atual FUNDEF, dedicado apenas ao ensino fundamental e com um valor ainda pequeno transferido da União aos Estados e Municípios. O FUNDEB ampliará o número de Estados e Municípios beneficiados com recursos federais, incorporará a educação infantil e o ensino médio, além de continuar atendendo o ensino fundamental.

Terceiro, com base no Sistema Nacional de Educação e no FUNDEB, definir um piso salarial para todos os professores brasileiros, que demonstre a valorização que o País assegura àqueles que constroem nosso futuro, e caminhar para, no mínimo, a duplicação do salário médio do professor, ao longo dos próximos anos.

Quarto, vincular tudo isso à formação e à dedicação, por meio do Programa Nacional de Formação Continuada e de Certificação Federal, que propiciará um aumento na remuneração, vinculado à formação. O sistema de certificação, articulado nacionalmente com a valorização e a formação, de mãos dadas, é o caminho para dar ao Brasil o sistema de magistério de que o País precisa. Quando o Brasil adotar esses quatro pilares, todas as demais necessidades das escolas serão facilmente realizadas.

Na velocidade possível em função dos limites de recursos e do ritmo próprio da democracia e das características do sistema federativo brasileiro, esses quatro pilares estão em andamento, desde que se iniciou o Governo Lula. Ainda falta muito para que eles se façam reais e seus efeitos apareçam e se consolidem. Mas este é o caminho em marcha.

Nada disso pode ser feito apenas por Estados, Municípios ou Governo Federal, mas por todo o Brasil, todos nós, juntos, construindo o futuro por meio das mãos dos nossos professores. Um futuro que será bom no dia em que, ao nascer uma criança, seus pais digam com orgulho: quando crescer, será professora, ou professor.

Nesse dia, o futuro já terá chegado, graças aos professores de hoje.

* Professor, Senador da República pelo Distrito Federal e Ministro da Educação.
© Copyright  Mário Olímpio 2003-2023
INDEXBrasil - Comunicação e Marketing.
Todos os direitos reservados, permitida a cópia de
conteúdos, desde que divulgada a fonte.
e-mail:redacao@serratalhada.net