Por: Lúcio Costa - Recife. As acusações levianas à sua pessoa afrontam os valores que representa como cidadão, político, cristão e pai de família.
DIARIO DE PERNABUCO 16/11/2003 QUINTA-FEIRA
Acusações levianas
Durante as eleições de 2002, o deputado federal Inocêncio Oliveira foi vítima de um bombardeio de acusações inverídicas, mesquinhas, perversas, manipuladas e covardes, atribuindo-se a ele a responsabilidade de um suposto trabalho servil na Fazenda Caraíbas, município maranhense de Gonçalves Dias, que lhe pertencia e fora vendida no mês de junho daquele ano. Os ex-ministros do Trabalho Francisco Dornelles e Paulo Jobim divulgaram nota oficial testemunhando serem improcedentes as informações veiculadas pela Revista Veja e o jornal Folha de São Paulo. Acusaçõesperversas e preconceituosas, porque chafurdaram a honorabilidade de um homem público que possui uma vida limpa, a pretexto de combater os fantasmas de um inexistente coronelismo regional. Covardes, porque agrediam a honradez alheia e ao mesmo tempo sonegavam o direito de defesa à sua vítima. A verdade, porém, é que esse movimento articulado, ideológico e antiético caiu no vazio. Inocêncio Oliveira emergiu das urnas com quase 200 mil votos de pernambucanos de todos os quadrantes do Estado que reconhecem e valorizam sua atividade parlamentar. A realidade é que não existiu e nem existe trabalho escravo na Fazenda Caraíbas. O que existe na região é uma pobreza secular que não poderá ser redimida pelo voluntarismo de fazendeiros nem pelo acirramento de hostilidades entre patrões e empregados. Além disso, ao tempo em que o deputado possuía a fazenda, os trabalhos eram terceirizados. Mesmo assim, fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho recebeu a devida atenção e as exigências apresentadas foram atendidas pelos empreiteiros e pelo próprio dono do imóvel. Com pronunciamento sobre a questão, em 2002, Inocêncio Oliveira deixou bem claro que o conceito de trabalho servil é incompatível com o mínimo de consciência e dignidade humana. As acusações levianas à sua pessoa afrontam os valores que representa como cidadão, político, cristão e pai de família. Mas, agora, eis que o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, encaminha ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra o atual Primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, baseado nessas supostas acusações. Começou outra vez a caça às bruxas, o patrulhamento ideológico. PT, saudações. O STF deve, porém, recolocar a verdade dos fatos, chamar o feito à ordem, arquivando essa denúncia, que é inepta e destituída de qualquer fato real. O estranho nisso tudo é que o zeloso e operoso procurador esquece, por exemplo, o comportamento nada ético da ministra Benedita da Silva, que viajou recentemente a Buenos Aires com as despesas custeadas pelos cofres públicos. E não estava em missão oficial. Fora apenas, para um encontro religioso de sua igreja. Benedita continua "tô nem aí", palitando os dentes, como se nada tivesse acontecido. O nobre procurador esqueceu de fazer o dever de casa. Lúcio Costa - Recife.
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