Por: Inocêncio Oliveira Deputado federal por Pernambuco O Mundo inteiro reconhece que o desenvolvimento de uma nação é diretamente proporcional ao investimento em educação.
Publicado no DIARIO DE PERNAMBUCO 30/11/2003
A educação e o professor
Inocêncio Oliveira Deputado federal por Pernambuco
O Mundo inteiro reconhece que o desenvolvimento de uma nação é diretamente proporcional ao investimento em educação. Exemplo veemente desta relação é a Coréia do Sul, país localizado no Sudeste asiático que no passado elegeu a educação como uma das prioridades de sua política de governo e atualmente colhe os resultados. Em 1960, a renda per capita da Coréia era a metade da dos brasileiros - em 2000, ela era mais do que o dobro. Isso ocorreu porque a partir de 1962 este país resolveu investir maciçamente em educação - básica e universitária, além de dar ênfase à promoção das exportações. Isso representou ampliação do numero de escolas e criação de incentivos para estudantes de engenharia e de cursos técnicos.
Até os EUA, referência de desenvolvimento e qualidade de vida no Ocidente, aponta a necessidade de fazer mais investimentos em educação, o que atesta sua importância para o progresso das nações. Na campanha à presidência dos EUA, por exemplo, o candidato democrata Al Gore anunciou como uma de suas principais metas a elevação do nível educacional no país, ampliando de 13 para 16 o número de anos de ensino. Na Europa, esse número corresponde a 12 anos, enquanto a América Latina apresenta uma média de ensino de sete anos. Nossos índices nesse campo são muito ruins - apenas 5 anos, o que indica que o país ainda não elegeu a educação como prioridade.
No Brasil podemos registrar alguns projetos que foram fundamentais neste setor, embora ainda sejam necessárias muitas outras medidas. Além da Lei de Diretrizes Básicas da Educação, podemos citar o Fundef, que foi um grande avanço, possibilitando a universalização do ensino fundamental. É evidente, no entanto, que qualquer esforço para a melhoria da educação em nosso país passa pela valorização do trabalho do professor e a garantia de melhores condições de trabalho para este profissional.
O Dia do Professor, comemorado em outubro, representou uma oportunidade não apenas para homenageá-lo como também para refletir sobre o papel deste profissional, desde a "professorinha" do primeiro grau, dedicada e simples, do mais longínquo rincão do Brasil, até o mestre dos cursos de Mestrado e Doutorado de nossas universidades. Sem exagero, podemos dizer que o professor é um verdadeiro "condutor de almas", quem tira das trevas aqueles que precisam saber, conhecer. O professor é um pouco do general que conduz os exércitos para a batalha - só que para a batalha do conhecimento, do saber.
O professor exerce papel fundamental na formação das pessoas, comparável ao da própria família, na tarefa de transmitir valores e conhecimentos responsáveis pela definição dos destinos de cada um. Da alfabetização ao ensino de conceitos físicos ou filosóficos, das primeiras operações à solução de equações complicadíssimas, é o professor quem abre novas perspectivas de vida para as pessoas. Por este motivo, é necessário que sejam valorizados na mesma proporção do que representam para a sociedade, para o país.
O Brasil precisa, portanto, definir urgentemente políticas de educação, com o estabelecimento de metas factíveis que possam, efetivamente, amenizar esta cruel forma de exclusão, que é o analfabetismo e a falta de qualificação profissional. Só assim o país poderá vislumbrar um futuro mais promissor.
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