Por: M.O Caminhemos, pois, com os pés no chão e o coração na eternidade!
COM O CORAÇÃO NA ETERNIDADE Quanto mais sei, mais sei que nada sei”, confessou Thomas Edison, numa assertiva que revelava sua natureza não apenas de cientista, mas também de sábio. Porque, tanto o cientista sábio como também os santos, sempre se mostraram humildes. Foi Jesus Cristo, o Salvador, quem legou ao mundo o exemplo máximo de humildade, de mansidão, de compreensão e de bondade, quando pronunciou suas últimas palavras neste planeta, ainda hoje tão assolado por injustiças: “Pai, perdoai-os, porque não sabem o que fazem”. A Sabedoria provém de Deus, e por isso mesmo tantos seres humanos, enquanto Instrumentos do Pai, transmitem ao mundo mensagens que, bem analisadas e apreendidas, ajudam a alcançar uma vida mais profícua,espiritualizada e feliz. Assim, Freud, o pai da Psicologia, ensinou que “precisamos amar para não adoecer”, enquanto Chiara Lubich recomenda: “Caminhemos no tempo, com o coração projetado na eternidade.”, e nós respondemos em coro, em especial nas celebrações religiosas: “o nosso coração está em Deus”. Ensinamentos que vêm a aprofundar a constatação de que não somos seres terrenos passando por uma experiência espiritual, mas sim seres espirituais passando por uma experiência terrena. A história de Lázaro, revelada na Bíblia Sagrada, indica que é principalmente nesta efêmera caminhada terrena que devemos praticar o bem, sob todas as formas, viabilizando com isso nossa entrada no paraíso eterno, quando para lá nos chamar o Criador. Mas, como faremos isso? Exatamente caminhando com os pés no chão, isso é, cumprindo as tarefas que nos cabem realizar, e realizando-as com respeito, com humanidade e com o intuito de servir; com amor, afinal. Porque esse Dom é o elo natural que nos mantém em contato com o Eterno, como apregoou o apóstolo João. Conta-se que uma floresta de cedros, que circundava um Mosteiro situado em zona rural, havia sido devastada por um incêndio, que transformou em cinzas todas as árvores. O mestre, pessoa muito sábia e de idade avançada, determinou que seus discípulos iniciassem imediatamente o replante das árvores. “Mas mestre, esses cedros levam dois mil anos para crescer!”, ponderou um dos discípulos. “Sendo assim, não há um minuto a perder. Vamos começar imediatamente”, decretou o Mestre. A doação é a face mais importante do amor, porque quem ama compreende que esse sentimento não se completa sem partilha. É a doação-sorriso; a doação-palavra; a doação-resignação; a doação de bens materiais. É como uma fonte de água cristalina, que não cumpre sua finalidade enquanto suas águas não estiverem desempenhando seu papel de saciar a sede de alguém ou de algo. Aí ela se plenifica em beleza e produção. Assim, nós, humanos, quando desejamos sinceramente doar, ao invés de receber, no fundo desse desejo está a crença de que temos abundância de coisas, e por isso queremos reparti-las. Nosso subconsciente sabe o que fazer com as crenças que nele estão arraigadas, e assim cria situações que as reflitam. De modo que nossa disposição de doar dirige o Universo para que nos doe também. É comum ouvir-se: “Deus te dê em dobro”, quando doamos alguma coisa. Mas, com certeza, recebemos muito mais do que o dobro, porque somos também agraciados com os pensamentos e sentimentos de amor e de gratidão que nos são dirigidos, e aí se consubstancia a infinita e verdadeira riqueza. Caminhemos, pois, com os pés no chão e o coração na eternidade!
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