Por: José de Paiva Netto O Ideal da Boa Vontade sempre sobreviverá, porque tem o seu corpo místico iluminado por uma inegável natureza realista que desce de Deus.
A Mensagem do Túmulo Vazio
Por proposta de amigos, estou, na medida do possível, preparando uma obra intitulada “Liderar sob a proteção de Deus”. Nela encontram-se alguns escritos meus, que encaminhei aos que, ao longo dos anos, labutam comigo nas Instituições da Boa Vontade. Nesses textos, procuro realçar a imprescindível ferramenta da espiritualidade ecumênica para o sucesso nas empreitadas de nossas existências. Um deles, datado de 25/8/97, Rio de Janeiro, madrugada de segunda-feira, trata do mais destacado fato da Semana Santa. Como o documento é extenso, separei dos seus pontos: O Ideal da Boa Vontade sempre sobreviverá, porque tem o seu corpo místico iluminado por uma inegável natureza realista que desce de Deus, tal qual a Nova Jerusalém, visto que incorpora em si mesmo novo Céu e nova Terra, consoante o anunciado no Apocalipse, 21:1 e 2. Em suas potentes mãos tremula o lábaro do Terceiro Milênio da Esperança. Esse trabalho, que teve início com a pregação do Apocalipse, em 1949, surgiu clareado por um forte otimismo, porquanto não apresentou o Livro das Profecias Finais como o anúncio trágico de fim de mundo, mas, sim, como ele realmente é: o aviso renovado de uma grande transição, em que “a cada um será dado de acordo com as suas próprias obras” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27, e Apocalipse de Jesus, 22:12). Não se trata, pois, do “fim da Terra”, porém do encerramento de uma era que não tinha mais como continuar. O desamor reinava em demasia.
Efemeridade das civilizações — Civilizações que se consideravam insubstituíveis tiveram a sua “eternidade” revelada como efêmera, à semelhança da curta duração das “rosas de Malherbe”. Ora, somos Espírito e, como tal, infinitos. Assim sendo, não podemos temer fronteiras constrangedoras de tempo e espaço, como querem alguns, nem amesquinhar a mensagem profética de Deus, que, se nos mostra a razão transitória dos brilhos humanos, cuja transformação está exposta nos Selos, Trombetas e Flagelos do Apocalipse, demonstra-nos também a perenidade das construções do espírito do homem, quando reconhece, racional ou intuitivamente, receber de Deus, por intermédio do Cristo Ecumênico e dos Espíritos Santos, toda a luminosidade do pragmatismo deles, que historicamente se expressa na Ressurreição de Jesus. E ela nos oferece a certeza de que não ocorrerá a destruição total do planeta, segundo pregam certos pessimistas crônicos; todavia, um desabar da parte deteriorada de uma estrutura que apodreceu, como no findar dos reinados e impérios, de tal forma que o evangelista-profeta não mais enxerga nem o antigo céu (com seus terríveis umbrais ou purgatórios) nem a velha terra (com seus infernos de guerras, fomes, misérias, fanatismos, racismos, resumindo: ódios de todos os matizes que ofendem um Pai, que é Amor). De um pretenso término, ergue-se extraordinário princípio.
A morte não pode deter a ação do Espírito — Como houve a Ressurreição de Jesus, o Cristo Ecumênico, no simbolismo emblemático do Seu Túmulo Vazio, a nos advertir para o fato de que a morte não pode deter a ação do Espírito, perpetuamente haverá, para nós, a certeza de épocas mais auspiciosas, pois que a afirmação de Deus no Apocalipse, 21:5, de que fará, não obstante as dores provocadas pela insensatez humana, “novas todas as coisas”, é para valer. Necessário se faz, entretanto, que cooperemos em favor desse feliz desiderato (Segunda Epístola de Pedro, 3:12). Jovens, de corpo e de Alma, outra não é a tarefa de vocês senão levar, em todas as línguas, a pregação da Política de Deus, isto é, o Evangelho-Apocalipse do Cristo, às nações, sempre em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Sublime Chefe da humanidade: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos”. É hora de banhar, com o Clarão Divino, todos os setores do pensamento do Espírito eterno da criatura, contribuindo com os esforços de tanta gente boa em ação pelo orbe. Por isso, a Super Rede Boa Vontade de Comunicação está aí para universalmente transmitir o notável recado de Deus aos homens e mulheres, jovens, crianças e Espíritos de Boa Vontade. Falem, portanto, ao mundo!
A morte não é mais o lúgubre ingresso para o Nada — Não foi sem forte razão que Zarur (1914-1979) afirmou: “Religião, Ciência, Filosofia e Política são quatro aspectos da mesma Verdade, que é Deus”. Com a Ressurreição de Jesus, a morte deixou de ser o lúgubre ingresso para o Nada; porquanto, na verdade, é a esplendorosa revelação de que a felicidade em Deus, o Provedor de todas as carências, é eterna, como perenes serão as realizações do bem, na terra e no espaço. Respeitemos a vida, e ela nos abençoará. Quando o Celeste Amigo revelou o Túmulo Vazio, Ele acabou com os impossíveis, porque ressuscitou, conforme prometera, da morte para a eternidade. E nós com Ele! Graças a Deus!
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor. paivanetto@uol.com.br
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